A angústia é o clamor do espírito e clamar ás vezes não significa gritar com toda a força dos pulmões, mas circunstancialmente em momentos necessitamos nos calar e gritar através do silêncio, o silêncio da fé. As palavras nem sempre traduzem os nossos sentimentos e é por isso que necessitamos dos gemidos do Espírito Santo a nosso favor e não há idioma ou dialeto que possa traduzir os sussurros deste nosso amigo invisível. É inevitável que tenhamos feridas ao longo do caminho, o inimigo rugindo na escuridão ao nosso derredor, as feridas que sangram na alma, o medo, as incertezas do futuro próximo ou até mesmo distante, os sonhos perdidos ou enterrados num poço profundo. O fato é que precisamos de alguém que alcance o nosso braço estendido dentro do poço pedindo socorro, alguém que cure a nossa alma, que atinja lugares desconhecidos e escuros do nosso ser, onde médicos, psicanalistas ou psicólogos não podem alcançar. Carecemos que ele ponha a sua mão sobre nós e derrame o seu óleo perfumado no nosso coração, nos trazendo a alegria de volta. Eu preciso de alegria, eu preciso de Deus, necessito do Espírito Santo, o meu amigo fiel, o calor dele faz sentir-me seguro e protegido, preciso do Pai celestial, sou incapaz de viver sem ele, pois Ele é o meu respirar e sem ele a minha existência é inútil.
